sexta-feira, agosto 24, 2007

Em Nilgiris em busca de chá (III)

O ponto mais alto do Sul da Índia fica no pico da montanha chamada Doddabetta, não muito longe de Udhagamandalam. O que eu mostro aqui na imagem é uma tabuleta de um famoso miradouro no Doddabetta que permite olhar para o parque nacional de Mukurthi. É suposto ser uma paisagem bonita. Digo suposto porque a bruma e as nuvens tapavam tudo. Não tentei sequer esperar por uma aberta pois entretanto veio a chuva e o frio acentuou-se. Durante os primeiros três dias que passei nas Nilgiris o tempo não melhorou. Pelo contrário, o vento, o frio, e a chuva, acentuaram-se. [... ler mais]

Este mau tempo significava que as minhas excursões em busca de macacos teriam que esperar. Sem indicações de melhorias do tempo para breve, resolvi por isso, no dia seguinte, desviar a minha atenção para o temível yanai selvagem. Em companhia de alguns habitantes locais desci por isso as montanhas até chegar ao santuário de vida animal de Mudumalai. Infelizmente, mesmo em Mudumalai, o tempo não era famoso, e a incursão planeada pela selva adentro não podia ser realizada, teríamos que nos restringir às bermas das estradas. Um dos meus companheiros de viagem sugeriu, no entanto, uma ida a uma pequena cachoeira onde por vezes um ou outro yanai iam beber.

Encontrei de facto vestígios de yanai, mais exactamente dos seus excrementos, ligeiramente abaixo da cachoeira.

Infelizmente, a chegada de inúmeros turistas levou-nos a seguir caminho. Nenhum yanai que se preze se iria deslocar a um sitío tão movimentado.

O extraordinário em Mudumalai é a quantidade de animais selvagens que se podem ver na berma da estrada. Eis aqui uma foto de maan, tamil para os veados sarapintados de seu nome científico Axis axis, a pastarem tranquilamente a poucos metros da minha viatura.

Pouco depois encontrei este fulano, um kattupanni, que em tamil significa porco bravo. Trata-se de um javali indiano de nome científico Sus scrofa cristatus.

Por toda a parte se encontravam mayil, que é como se diz pavão em tamil, ou seja a fabulosa ave da espécie Pavo cristatus. Infelizmente os machos pareciam andar a gozar comigo. Ficavam lá parados, em belas poses, mas assim que eu levantava a câmera escondiam-se. Após muito penar o melhor que arranjei foi esta foto de uma pavoa.

Nesta altura parámos para tomar chá, de Nilgiris claro, pausa que aproveito para interromper a contribuição. Continua amanhã.

Ficha técnica
Todas as fotos foram tiradas por mim. Podem ser utilizadas livremente.

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